quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Youtuber Felipe Neto comenta acidente envolvendo Empilhadeira.

Felipe Neto é um Youtuber bastante acessado nas redes sociais. Um canal com 24.702.188 milhões de inscritos, que diferentemente de seu Irmão Lucas Neto mais voltado ao público infantil, costuma fazer vídeos comentando situações diversas e tidas como birazzas, digamos que para a galera "teen". No dia 28/08/2018, o celular de minha mulher aptou, era uma notificação de um vídeo novo,no canal de Felipe Neto, com o título
10 coisas bizarras filmadas com câmera de segurança
Meu filho usa o celular dela, e acompanha os irmãos Neto, mais o Lucas é verdade, porém assisti o Felipe também. E em determinado momento do vídeo vi o Felipe falando a palavra Empilhadeira, logo me interessei e fui ver do que se tratava. O youtuber em questão comentava um acidente envolvendo Empilhadeira, no qual um operador após bater na estrutura porta paletes, derruba tudo, ele inclusive fica submerso pelas mercadorias. Pelo que parece ocorreu na Rússia há uns 8 ou 9 anos atrás. O vídeo levou o posto de segundo lugar nas top 10 situações bizarras gravadas com câmera de segurança. Trágico mais real, sim aconteceu, acontece e diferente de muitos, eu uso esse gancho e meu objetivo é fazer pequenas observações. Já vi o vídeo em outras ocasiões, Felipe Neto atribui a culpa Total ao operador, óbvio que sua opinião tem de pano de fundo o humor, a sátira. Como operador de empilhadeira, terei um olhar mais aprofundado, levando em consideração diversos fatores.
Primeiro: Não sabemos se o rapaz passou mal ao volante, Felipe não abre esse parêntese. Operadores de Empilhadeira devem fazer exames periodicamente, conforme NR 07.
Segundo que No vídeo, a Empilhadeira antes de dar a acelerada brusca solta uma fumaça, o que poderia estar ligada a algum eventual problema/defeito que a máquina teve (só Hipótese) Trata-se de uma máquina, pode acontecer.
Terceiro: A mesma estrutura porta paletes que veio abaixo, embora não sabemos, mas pergunto será que comportava materiais dentro de sua capacidade? Se não, a empresa é cúmplice dessa desgraça ocorrida também.
E mais...
Existem sistemas de proteção fixas para rodapé desse tipo de estrutura por conta desse risco. Tendo Empilhadeira na operação, a empresa deveria se precaver não acham?
Em uma possibilidade mais improvável, é que não sabemos se realmente é um operador formado e profissional da área. Digo porque Em algumas empresas, acreditem, Pessoas sem a ciência, pegam Empilhadeira achando que é fácil, molezinha e daí as merdas acontecem.
Agora suponhamos que se trate de um operador experiente, que a estrutura comportava os materiais dentro do peso especificado, que o operador errou mesmo e etc...Poxa! foi um acidente, os acidentes acontecem, ninguém em sã consciência o faz de propósito. O rapaz fica por baixo das mercadorias, foi vítima, outros vão para socorre-lo, fica cômodo opinar sem conhecer as causas, e muitos até podem cometer injustiças nos comentários sabia.
Contudo meus caros, eu não seria capaz de criticar um colega de profissão sem ter a certeza dos fatos em que o acusam, não sou a favor de práticas ou atitude errôneas, mas nesse caso em especial muitas situações devem ser levadas em consideração. A filmagem por si só, não me convence que ele tão somente inverteu os pedais como disse Felipe Neto. Acredito ter outros fatores aí, segundo o Youtuber "a demissão pra esse cara seria pouco", Meu Deus! Vai apredejar em praça pública também vai? É um soldado do nosso exército, portanto é meu dever apoia-lo.
Fiquem com Deus, vigiemos, sejamos prudentes, acidentes acontecem, lembre-se, fraco não é aquele que caiu, mas sim o que se recusa a levantar..
Procure o vídeo no canal oficial de Felipe Neto, ou esse trecho no meu canal o Rogério Manja caso o YouTube permita.
(Rogério Silva)

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

O curso para operar Empilhadeira é realmente obrigatório? Onde fala que é ?

🤔 É necessário o curso para operar Empilhadeira?
😉 Sim, Claro... vejamos diretrizes importantes nessa parte...
🙇 Profissão: Operador de Empilhadeira CBO (Classificação Brasileira de Ocupações) 7822 20 (Formação)
"Para o exercício dessa ocupação requer-se a quarta série do ensino fundamental e curso básico de qualificação profissional"
Fonte: http://www.ocupacoes.com.br/cbo-mte/782220-operador-de-empilhadeira
NR 11 ☝️
11.1.6 Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser habilitados e só poderão dirigir se durante o horário de trabalho portarem um cartão de identificação, com o nome e fotografia, em lugar visível.
☝️ NR 12 - Anexo II
1.1. A capacitação de operadores de máquinas automotrizes ou autopropelidas, deve ser constituída das etapas teórica e prática e possuir o conteúdo programático mínimo descrito nas alíneas do item 1 desteanexo e ainda:
a) noções sobre legislação de trânsito e delegislação de segurança e saúde no trabalho;
b) noções sobre acidentes e doençasdecorrentes da exposição aos riscosexistentes na máquina, equipamentos e implementos;
c) medidas de controle dos riscos: EPC eEPI;
d) operação com segurança da máquina ou equipamento;
e) inspeção, regulagem e manutenção com segurança;
f) sinalização de segurança;
g) procedimentos em situação deemergência; e
h) noções sobre prestação de primeiros socorros.
Portanto, esses são os pontos mais embasadores no tocante a obrigaroriedade de formação para operação de uma empilhadeira. Vemos ainda muitas empresas, comercios, galpões e etc.. que tem lá sua empilhadeira mas a pessoa que a conduz não tem a formação específica, o que pode ser perigoso.
Vemos muitos acidentes envolvendo empilhadeiras, e a negligência de muitas pessoas jurícas nesse aspecto tem contribuido. Pensam que empilhadeira é igual a carro, dirigir é fácil, engano pensar assim, empilhadeira não se dirige, se opera, requer o conhecimentos dos princípios da máquina (estabilidade, centro de carga, gravidade) normas e diretrizes de segurança, o jeitinho brasileiro além de muitas vezes ser desonesto, pode ser mortal.
#Rapidinhas #EuAmoEmpilhadeira

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Sistema Pit-Stop de Abastecimento de empilhadeira e Processo por periculosidade.

Olá, amigos e colegas de profissão, como estão? Espero que bem. Nas escritas de hoje, quero bater um papo com vocês sobre o Sistema PitSop de abastecimento para Empilhadeiras. Empilhadeira a combustão, que utilizam gás como combustível. Escrevi aqui mesmo anteriormente, um artigo falando sobre periculosidade, e estava ligada a essa atividade no pit-stop. Então bora entender esse sistema que muitas empresas adotam nas suas operações, e parâmetros que foram determinantes da NR 16 em um processo trabalhista.
O que seria o Pit-stop ?
É um Sistema utilizado para abastecer empilhadeiras a gás por muitas empresas, e que elimina definitivamente a necessidade substituição do vasilhame vazio da empilhadeira por um cheio, isto porque o sistema permite o abastecimento do vasilhame no próprio local. O processo de abastecimento é rápido e seguro. Também, por eliminar a troca de cilindro da empilhadeira, se obtém um considerável ganho de produtividade, redução de custos operacionais além de ser um combustível menos poluente em relação ao diesel ou gasolina. (Fonte: www.atmengenharia.com.br) A medida em que a empresa opta por um sistema desses, a mesma tem que ter a ciência dos riscos que envolve essa atividade, riscos esses que devem ser observados por um técnico e até engenheiro em Segurança do trabalho. Gás é um combustível inflamável, previsto como uma substância perigosa pela NR 16 que trata de Periculosidade. Existem também outras NBR"s" que orientam na instalação, no uso e armazenamento do gás, seja pra finalidade residencial ou comercial desse produto, exemplo são as NBR (15526 e 8865)
Como é feito o abastecimento no Pit-Stop?
Eu trabalhei 6 anos abastecendo nesse sistema. Por ser um combustível inflamável tem seus riscos, porém seguindo os procedimentos e respeitando normas, é uma atividade tranquila e segura. Em todo PitSop deve haver a placa de advertência para não fumar ali próximo, além das informações e procedimentos por parte do fabricante. Suas tubulações e componentes devem obedecer as cores estabelecidas na NR 26 (Sinalização de Segurança) deve ter o aterramento elétrico, possuir extintores de combate a incêndio e estar em uma área distante do fluxo das pessoas e setores de produção, pois se trata de uma área de risco, NR 16 Periculosidade e NR 20 (Segurança e saúde com inflamáveis e combustíveis) Para abastecer, o Operador da empilhadeira deve estar com os EPI's apropriados, (Óculos por conta da névoa nos olhos, luvas por conta de queimaduras ou congelamento e outros que forem necessários) deve aproximar-se do local parar e:
Puxar freio de estacionamento
desligar a máquina, tirar a chave do contato
Colocar cabo de aterramento
Fechar válvula do cilindro, abrir o respiro
Conectar o engate vindo do cilindro, libera-lo subindo o componente.
Abrir o registro do cilindro do Pit-Stop
E por fim, depois de ver que está tudo conforme, acione o botão (On/Ligar) da bomba.
Obs: Existe uma maneira certa de estacionar para abastecer e isso é conforme recomendação da companhia que vende esse serviço, muitos param lateralmente, outros encostam de ré, como era o meu caso. De ré, com os pneus da máquina encostado na parte de concreto localizada no chão próximo a bomba, não há risco da máquina se locomover, leia as orientações e procedimentos do fabricante/Instalador e Segue-as. Quando cheio, o botijão P20, libera pelo seu respiro uma névoa. É por ela e o manômetro, caso o cilindro tenha, que você saberá que o botijão está cheio, daí então você deve:
Fechar o respiro
Desligar a bomba do Pit-Stop
Fechar o registro, aquele do Pit-Stop.
Abaixar o componente do engate e depois desacoplar o mesmo.
Abra suavemente a válvula do botijão
Retire o cabo terra, ponha a chave de, partida e volte as suas operações.
Obs: cuidado para não sair com a máquina com o cabo terra preso ainda, acontece 😬
Ainda sobre o assunto abordado anteriormente sobre a periculosidade para Operador de Empilhadeira a gás por conta desta atividade.
Em um artigo anterior escrevi sobre o tema, experiência própria, algo que aconteceu comigo, processo no qual tive êxito, puder conhecer os pensamentos do juiz e perito a respeito, baseado claro, na legislação. Mas qual? aonde fala, ou cita? Bom, para retificar vou deixar aqui os parâmetros em que o advogado e o perito se embasaram. Reclamação de periculosidade/insalubridade exige laudo pericial, por isso que o Períto vai ao local. Vamos lá, basicamente, o processo foi norteado pela NR 16. Em seu anexo II (Atividades e operações perigosas com inflamáveis) em que aborda questões quanto a fabricação, processamento, armazenamento, transporte, manuseio, lavagem e enchimento com Gás liquefeito de petróleo (GLP) e líquidos inflamáveis também. Como o Operador de empilhadeira, acessa a área de risco, tem o contato com a substância para fazer enchimento de um recipiente, no caso o P20, é onde tá o agravante. Leia a seguir alguns itens que são determinantes em um processo.
16.1 São consideradas atividades e operações perigosas as constantes dos Anexos desta Norma Regulamentadora - NR.
16.2 O exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao trabalhador a percepção de adicional de 30% (trinta por cento), incidente sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa.
16.3 É responsabilidade do empregador a caracterização ou a descaracterização da periculosidade, mediante laudo técnico elaborado por Médico do Trabalho ou Engenheiro de Segurança do Trabalho, nos termos do artigo 195 da CLT.
16.8 Todas as áreas de risco previstas nesta NR devem ser delimitadas, sob responsabilidade do empregador. (Incluído pela Portaria SSST n.º 25, de 29 de dezembro de 1994)
O anexo II, regulamenta as atividades e operações perigosas com inflamáveis, lembrando que GLP é inflamável. Algumas situações em que trabalhadores estão expostos, estão no quadro do anexo, e dizem as fases e quem tem direito, dá uma lida lá. Continuando... Quanto ao direito ao adicional.
VIII. Enchimento de quaisquer vasilhames (cilindros, botijões) com inflamáveis gasosos liquefeitos:
a) atividades de enchimento, pesagem, inspeção, estiva e arrumação de cilindros ou botijões cheios de GLP; b) outras atividades executadas dentro da área considerada perigosa, ad referendum do Ministério do Trabalho.
Sobre a área de risco,no tocante ao raio de abrangência para uma distância considerada segura, NR na alínea J do respectivo quadro diz:
Atividade: Enchimento de vasilhames com inflamáveis gasosos liquefeitos. Área de Risco: distância, Círculos com raio de 15 metros com centro nos bicos de enchimentos.
Portanto fica estabelecido um raio de 15 metros de distância considerando toda a área do Pit stop. Pessoas dentro desse raio, de maneira habitual, conforme laudo do perito caracteriza periculosidade.
Bom, acho que com essas últimas alíneas já fica claro né. Conforme escrevi no artigo anterior, na periculosidade, levam em consideração se o trabalhador faz tal atividade com frequência, se está dentro do raio de abrangência. Como no meu caso era até sete vezes por semana , e claro ia até a área, Bingo!
Tratando-se de troca de cilindros, vale também o tempo de exposição, quantidade de vezes realizadas e acesso a locais considerado de risco.
O objetivo aqui é compartilhar acontecimentos. E que de certa forma ajude algum Operador (a) nas dúvidas que surgem nesse assunto. É muito desgastante piscologicamente esse lance de processo, É chato, voltar no lugar que você trabalhou para uma perícia, nossa! O medo de não se recolocar no mercado de trabalho existe AFF!
Muitas coisas que dizem é mito. Para muitos é ingratidão, prefiro dizer que é direito, e direitos são direitos, se temos e não recebemos, temos que reinvidicá-los, desde de que com legitimidade e boa fé. Leia a NR 20 e 15 também importante nesses assuntos, não citei, pois os parâmetros utilizados foram os mencionados aqui. Aos profissionais em Segurança do Trabalho que por ventura discordem do que aqui foi escrito, lembro que tudo isso aconteceu porquanto os membros do SESMT por 12 anos foram incapazes de advertir e convencer a empresa nessa parte. Precisou 4 ações para o redimensionamento e mudanças do local, indiretamente ajudei o técnico de lá. Leia o artigo anterior, conheça nossa página no Facebook (Eu Amo Empilhadeira), acesse no YouTube o Canal (Rogério Manja) bastante vídeos compartilhamento de experiências somente. Fiquem com Deus, pois ele é bom, e sua benignidade dura para sempre. Abraços!
Rogério Silva (Operador de empilhadeira. Formação técnica em: Logística/Segurança do trabalho. Cursando Técnico em Meio Ambiente)

O Conselho da viuva do operador de empilhadeira.

Eu não sei vocês, mais hoje eu acordei meio assim, desmotivado sei lá, uma guerra lá no subconciente acontecia. As preocupações e medos da ...