sábado, 23 de janeiro de 2021

Empilhadeira, Como tudo começou...

Era o ano de 2007, e aqui em SP trabalhava como tratador de cavalos de corrida🏇, dando alimentação e água, levando para treinar de manhã e passear a tarde, um trabalho arriscado, bem verdade que todas as profissões tem seus riscos, gostava daquilo mesmo ganhando pouco e trabalhando muito, trabalhar com animal as vezes é melhor que trabalhar com pessoas, eles não te xingam, nem falam mal de você, só uma mordidinha se você vacilar 😂?🐴
Um certo tempo daquele mesmo ano, um motorista que fazia o transporte dos animais ali disse para mim: "Pôr que você não faz uns cursos, tem aquele da Empilhadeira, pega bastante nas empresas". Ele já havia percebido eu se queixando das condições, do salário, via que estava insatisfeito, por isso me falou isso, na hora não falei nada, para dizer a verdade pouco liguei, minha mente fez confusão de uma Empilhadeira com um trator ou uma máquina do tipo, nem disse nem sim nem não, mas Dias depois fui ao saudoso Orkut, lembra dele, aquela rede social pioneira, tinha que adcionar amigos, tinha comunidades dos gosto dos participantes, o que viria dar origem mais tarde creio que ao Facebook. Fui a internet afim de saber mais da empilhadeira, o que era? preço do curso? quanto ganhava? todos fazem isso né🧐
Alguns anos depois, 2009 para ser mais exato me desliguei dessa empresa e a primeira coisa que fiz foi procurar o Senai mais próximo, estava decidido a fazer o curso, entendi que valeria a pena, oportunidades surgiriam. O Senai escolhido foi o da Lapa Em SP, paguei 312 reais, 2 semanas de curso, teoria e prática, dicas e orientações que trago até o presente momento.
Curso concluído, certificado nas mãos e já almejava uma oportunidade. Não é fácil ingressar na área sem ter experiência, tantos relatos que vemos, de companheiros que ainda buscam uma primeira oportunidade, não é fácil, para mim também não foi. Não iniciei de cara como operador, entrei em uma empresa que fabricava embalagens de madeira como auxiliar de produção, perguntei antes de de entrar a um conhecido que já trabalhava lá, da probabilidade de se tornar um operador lá dentro, e ele disse que seria bem difícil, pois tinha o quadro completo e outros já na fila a anos.
Comecei a trabalhar ali no turno da tarde, na produção e montagem, e via as Empilhadeiras passando, tinha 6 operadores só naquele turno, Empilhadeira Hyster fortis, grande era o desejo de estar no comando de uma delas, e mal sabia que esse desejo estava perto de se concretizar. Após menos de dois meses de empresa, surgiu ali a necessidade em duas áreas, na parte de Serigrafia e impressão e na Empilhadeira. Por uns tempos, informalmente trabalhei no ramo da serigrafia, tinha uma certa experiência e tinha colocado no currículo, como tinha colocado também o curso do Senai de empilhadeira.
Fui então procurado por um dos responsáveis do setor de serigrafia e impressão daquela empresa, uma oportunidade estava surgindo, fiquei feliz, mas o desejo era outro. Disse ali de primeiro momento que topava, poderíamos fazer uns testes para eles verem como eu iria me sair. Finalizamos a conversa, e passadas algumas horas depois, alguém, responsável de um outro setor, perguntava por um rapaz, recém contratado que possuía o curso de operador de empilhadeira, passaram por mim, escutei perguntarem, respondi dentro mim, será que é eu ou tem outro? Eles se dirigiram ao encarregado, que me apontou ao longe, começava ali as portas se abrirem, lembra do rapaz que eu havia perguntado sobre ss chances de se tornar operador de empilhadeira e ne disse que era difícil? pois é ele estava enganado, os que supostamente estavam na fila, nem curso possuía, havia ali operadores com férias vencidas, outros com cirurgia marcada, outro afastado, grande era a necessidade de alguém para ajudar na expedição, produção etc.
Entre a Serigrafia e a Empilhadeira, claro que queria ser Operador, tava tudo conspirando a favor, a necessidade e pra melhorar, só eu com o curso. Recebi um treinamento antes de ir de vez para a produção, a NR 11 prevê isso, um operador ali, o Jefferson, bastante experiente me treinou, me deu todas as dicas que precisava, muito humilde, sem preocupação ou sentimentos contrários de raiva, perfeito. Chegou o tempo de ir para a produção, abastecer a linha, puxar e empilhar paletes, um frio na barriga, chão de fabrica cheio, muitas pessoas ao redor, tensão misturada com emoção, tem sempre aqueles que torcem contra, querem ver o material cair, para poder zuar, criticar, fui devagarinho, mesmo com o encarregado me achando lento, a meta era me firmar, não causar acidentes, não ter um péssimo início, ser conhecido como o operador que derruba tudo, avaria as embalagens, o tempo era o rei e nosso maior professor, teria que ter paciência com tudo e todos, só assim seria um exímio profissional.
Confesso que não foi fácil, sobretudo pelo meu encarregado que não gostava das coisas certinhas, ele era meio ogro, só a produção interessava, mas passei por essa parte, suportei, e meses depois já no começo do ano de 2011 fui promovido oficialmente para operador de empilhadeira, no setor de recebimento, turno da manhã, oh glória!
Em menos de um ano que tinha feito o curso, ja estava atuando oficialmente na área, nessa empresa foram cinco anos vividos, ali muito eu aprendi, não só na Operação de empilhadeira, mas em Logistica, Qualidade, Segurança Trabalho, nesses cinco anos pude estudar, me certificar e se qualificar. Em meados de 2015 chegou ao fim a nossa boa relação, o País estava numa profunda crise, empresas do segmento industrial bem afetadas economicamente, desligamentos, e chegou o tempo de partir, feliz e agradecido por tudo, afinal já não ia para o mercado de trabalho como auxiliar ou ajudante, mas sim como um profissional operador de empilhadeira.
Final de 2015, graças a Deus ja estava empregado novamente, operador de empilhadeira, Integra Logística segmento de Logística, armazém, distribuição, e foi ali, na hora do almoço do ano de 2018 que criei a página Eu Amo Empilhadeira, comecei a gravar uns vídeos simples para o YouTube, compartilhar experiências com outros operadores e pessoas interessadas, onde tambem aprendi bastante, seja com as situações adversas ou com os colegas de equipe, experiências que trago para a vida. Local também onde ainda estou, porém por outra empresa, e que Deus preparou de estar hoje em uma outra condição: Supervisor/Encarregado de Logística, fui promovido, gente é bacana isso sabia, não esperava, aconteceu, viram potencial, mas em mim? pensei, será que consigo?. Certo é que não fujo de desafios, se Deus abriu a porta ele irá me ajudar, abrirá o entendimento naquilo que não souber, será minha força, vou me esforçar, ter bom ânimo, procurar transformar oportunidades em resultados, com responsabilidade, humildade, amor, essa é a receita.
Desejo a você que lê essa matéria, experiente ou não, empregado ou desempregado, toda FELICIDADE do mundo, há tempo para todas as coisas, é necessário termos paciência e se preparar, nunca deixem de estudar, buscar conhecimento, busquemos sempre o crescimento, não só profissional mas também o espiritual, sem Deus quem somos?, para onde iremos? a lugar nenhum é claro, mas com Deus tudo há de acontecer, os nossos desejos são observados e atendidos.
Que 2021 seja um ano melhor para todos eternos companheiros e companheiras do garfo. Ouvi dizer uma vez: "A paciência, é o intervalo entre a semente e a flor", há tempo para tudo, nascer, crescer, acontecer, e florir. Dias melhores podem estar se aproximando, estejamos preparados. Seguimos por aqui, armazenando Sonhos, expedindo sorrisos, transportando bons sentimentos. Força ai povo, boa sorte a você que pretende fazer o curso ou ainda não teve uma primeira oportunidade, vai chegar o tempo acredite, Deus abençoe a todos

MEME EMPILHADEIRA VELOZES FURIOSOS

domingo, 4 de outubro de 2020

Opinião: Acidente Supermercado Atacadista MA

 Acidente no Supermercado Mateus no Maranhão.



No último sábado, dia 02/10/2020, ocorreu um grave acidente com um óbito, em um supermercado Mateus atacadista no estado do Maranhão, onde uma estrutura porta paletes (Gôndolas) desabaram. As informações e vídeos foram chegando no nosso grupo de whatsapp (Eu amo Empilhadeira) pouco tempo depois do ocorrido, por volta das 20:30 da noite de sábado (2).

Segundo informações e o que se tem até agora, é que o desabamento foi devido a batida de uma empilhadeira, porém surgiu rumores de que uma das colunas da estrutura estava torta, ou seja, danificada. Para se colocar e retirar paletes com mercadorias nas estruturas desses estabelecimentos é necessário esse equipamento, bem como um profissional treinado e capacitado, mediante isolamento da área (corredor) a ser feita a movimentação.

Em um dos vídeos que rodou nas redes sociais, um rapaz  dizia que testemunhas afirmaram que o operador da empilhadeira, ao fazer um manobra bateu em umas das colunas do porta paletes, iniciando assim a queda em efeito dominó. Não sabemos ao certo o que de fato aconteceu, o nome do operador, tempo de profissão ou as condições do local antes do acidente e até as condições do porta paletes, quanto a excesso de peso e vistorias, mas todo o ocorrido até aqui aponta para uma falha humana, mas não podemos afirmar

A NBR 15524 aborda a questão de segurança com esse tipo de arranjo físico, temos falado com veemência no YouTube e no Facebook essa questão, haja visto outros acidentes ocorrido em armazéns logísticos. Todo empregador tem responsabilidade e deveres na vistoria e cuidados dessas estruturas. Em um acidente dessa magnitude, claro que o operador será o alvo principal, e infelizmente, é triste de dizer, a responsabilidade que está sobre nós, muitas vezes em termos financeiros, não vale a pena.

Trabalhar em ambiente de supermercado é super estressante 😤 pessoas passam o tempo todo, muito próximas operação, não respeitam restrições, não quero insentar o operador de uma suposta falha, mas quero fazê-los pensar nas condições de trabalho oferecidas, que podem gradativamente levar a um acidente como esse no estado do Maranhão.

☝️Nunca, nem como pedestre (cliente) me senti seguro nesses estabelecimentos ao ver empilhadeira em operação, há um risco, nós somos humanos, podemos falhar, errar o pé, o cálculo, enfim.. quer saber o que acho? nem deveria ter operação no meio das lojas, entre os clientes, a equipe do mercado deve montar paletes menores, mais leves, usar transpaleiteiras elétrica manual, mesmo com essas tem riscos, mas no tocante a batida contra a estrutura, não teremos o mesmo impacto. Utilizem as empilhadeiras retráteis nos estoques, pensem numa logística que compreenda a prevenção de acidentes, para não se utilizar as máquinas nas Gôndolas do interior da loja poxa! 🤦🏻‍♀️

Não foi o primeiro, e infelizmente não será o último acidente, é preciso agir, os sindicatos dos operadores, dos varejista, não sei quem, mas está no tempo de mudanças. E nós que operamos temos que ter extrema prudência, começar a se impor quando a prática oferecer riscos, temos que nos antecipar aos erros, pensar com cautela nossos nossas operações de entrada e saída das mercadorias, não ter excesso de confiança, empilhadeira não é brinquedo, não somos robôs, sem essa de que " eu sou o cara, eu sou rápido" longe de pensamento assim, é porta de entrada para acidentes.

Nossos sentimentos a família da moça que veio a óbito, as demais vítimas e todos daquele supermercado. Ao nosso companheiro de profissão, se de fato teve culpa nesse episódio, nossa força e apoio, o momento não é dê condenar ou julgar, aínda que estrago foi enorme, talvez essa carga seja a pior que ele tenha que carregar, não será fácil, o laudo irá dizer se a estrutura já estava sem condições ou se houve alguma batida, que Deus de força, de luz, sabedoria e prudência a nós que operamos essas máquinas, sem o devido reconhecimento e até sob pressão, para muitos é um "carrinho" fácil de dirigir, mas não, em condições ruins em mãos erradas, em um planejamento errôneo torna-se uma arma,  aguardemos o Laudo do ministério público do Maranhão para revelar os reais motivos, e a família da jovem Elaine 
de 21 anos, nossos profundos e sinceros sentimentos.

Deus abençoe e nos guarde  😃

Rogério Silva (Eu amo Empilhadeira)









quinta-feira, 25 de junho de 2020

Tema: Pessoas com deficiência (PCD) ♿ na operação de empilhadeiras

Olá galera do garfo, tudo bem?
Hoje o nosso assunto é sobre pessoas portadoras de deficiência e a operação de empilhadeira.♿
Internautas que nos acompanham pelo Youtube e Facebook tem levantado essa questão, sabemos que são vários os tipos de deficiência, mas a dúvida da grande maioria está relacionada com as limitações na audição. Na nossa última matéria, falamos um pouco da aposentadoria especial na nossa categoria, esses temas complexos tem dispertado o nosso interesse, em procurar saber, pesquisar, para assim trazer informações úteis a todos que nos acompanham.
A Lei número 13.146/2015, sancionada pela então presidenta Dilma Rousseff, trata da inclusão da pessoa com deficiência. Visa assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.
Essa inclusão compreende o direito ao transporte e mobilidade (acessibilidade), a cultura, esporte, turismo e lazer, moradia, a educação, na participação política e trabalho e emprego, tendo ambientes inclusivos e em igualdade de oportunidades.
Para fins dessa lei, o artigo 2° define: "Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas"
No capítulo VI, ART 34, estabelece o direito ao trabalho da pessoa com deficiência, sendo vedada restrições. O artigo 93 da lei 8.213 de 1991, instituiu a participação de pessoas com deficiência em empresas com 100 ou mais funcionários, a preencher seus quadros, de 2 á 5% com pessoas reabilitadas ou portadoras de deficiência.
Concerteza você já entrou em sites de vagas de emprego, e viu lá vaga com as siglas PCD exclusivas para pessoas com deficiência, que são oportunidades as pessoas com algum tipo deficiência previstas por lei.
As deficiências observadas são às de caráter, física, mental, intelectual e sensorial.
vamos de maneira superficial, analisa-las dentro das atividades envolvendo uma empilhadeira.
Vale ressaltar que o dependendo do tipo da Deficiência física e seu respectivo grau, a pessoa se torna impossibilitada de atuar em algumas áreas e funções devido aos riscos.
As deficiências de caráter mental ou intelectual estão associadas as dificuldades de raciocínio do indivíduo, seja em crianças ou adultos. Para se operar uma máquina ou equipamento, o operador tem que ter perfeita aptidão mental, não estou afirmando, mas acredito que esse tipo de deficiência em graus severos, impossibilita a inclusão em muitos trabalhos que requer um perfeito juízo, inclusive com máquinas pesadas, pessoas nessas condições são tidas como especiais, seus atos são muitas vezes impensados e inocentes.
Deficiência física, refere-se a alteração, deformação, completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função motora. Dependendo do tipo da deficiência física, o indivíduo pode sim operar uma empilhadeira, tem homens e mulheres que não movimenta os membros inferiores (pernas) mas os superiores (braços e mãos) sim, e em uma máquina projetada para esse público, pensando na inclusão e acessibilidade dos PCD's é possível, tudo vai dá adaptação
Aqui não entraremos na questão de tempo das operações e sim na aplicação da lei dentro da nossa categoria. Vi um vídeo de um trator adaptado para uma moça tetraplégica , e porquê não uma empilhadeira? Sinceramente aqui no Brasil nunca vi uma, se tem me mostrem, quero conhecer 😉.
Deficiência Sensorial: Do ponto de vista cientifico, a deficiência sensorial caracteriza-se pelo não funcionamento (total ou parcial) de algum dos cinco sentidos.
Visão e audição são as deficiências mais comuns dos 5 sentidos entre os brasileiros.
A falta de visão pode ser total ou parcial, de natureza genética ou por acidente. Pessoa sem a visão não pode operar empilhadeiras e outros veículos pesados, bem como as com visão monocular, ou seja de um olho, estas estão impossibilitadas em trabalhos como motoristas de ônibus, empilhadeiras, ponte rolantes, trabalho em altura entre outros, pois a profundidade e a visão periférica é comprometida quando se enxerga só com um dos olhos. Exames de acuidade visual são pedidos para os OPERADORES de empilhadeira, a boa visão na nossa profissão é Vital. O senado aprovou o reconhecimento desse tipo de deficiência, e agora aguarda votação na câmara dos deputados.
Audição: deficientes auditivos, parcial ou total, surdo-mudo podem operar Empilhadeira, sua limitação no falar e ouvir não os impede, é necessário a apresentação de laudo médico, bem como adaptar e implantar situações de comunicação nos caso de perda total, é essa a deficiência que mais intriga e gera perguntas, a lei permite e não vejo nada que os impeça. Recentemente vi um vídeo de um rapaz se formando, super feliz, lembra da inclusão? é isso, é transformar oportunidades em resultados. As instituições e empresas, tem que adaptar suas instalações, pessoas, máquinas e equipamentos, para atender esse público, disponibilizando tradutores em libras, isso até ocorre, mais é aí que mora as dificuldades, afinal, gera custos, tem funções e profissões que vai demandar investimentos, mudanças, tecnologia, inovação e coragem.
Contudo, vejo que a nossa área está abrindo oportunidades para pessoas com deficiência (PCD) sobretudo as de natureza física e auditiva, linguagens em sinais na movimentação de cargas e materiais é utilizado no interior e pátios de empresas. A sociedade como um todo tem que quebrar muitos paradigmas aínda, o setor de movimentação, que requer agilidade e rapidez, tem que passar a observar as pessoas não como ferramentas, mas sim como capital humano. Quem sabe em um futuro próximo, se é que já não existe, nós veremos empilhadeiras adaptadas, fabricantes empenhados nesse contexto de acessibilidade e inclusão, como no exemplo do vídeo por parte da indústria de máquinas, confira no nosso canal, espero voltar aqui trazendo histórias lindas, de pessoas que podem ter alguma deficiência, mas seus sonhos, seus desejos não estão paralisados.
Seguidores e seus depoimentos no Facebook
Por: Rogério Silva

terça-feira, 23 de junho de 2020

Operador de Empilhadeira tem direito a aposentadoria especial ? 🤔

Talvez você veio até aqui porque o título dessa matéria dispertou curiosidade, pois é, o assunto é bem interessante né 😁 aposentadoria, descanso, dinheiro..
Em um resumo básico procuramos abordar esse assunto para nossos colegas de profissão, não somos especialistas no tema, mas com base em pesquisas, conversas com pessoas que até entendem mais, elaboramos essa matéria com o intuito de compartilhar conhecimentos e informações.
Aposentadoria, em resumo, é um afastamento remunerado do mercado de trabalho, em tese, concedido pelo governo aos que contribuiram. Existem alguns tipos, que são: por idade, tempo de serviço, invalidez, para deficientes e a aposentadoria especial.
A Aposentadoria Especial, Lei número 8.213/1991, é o benefício previdenciário concedido ao trabalhador que exerce suas atividades laborais, exposto a agentes nocivos, periculosidade e insalubridade, de forma initerrupta ou intermitente, podendo causar algum prejuízo à sua saúde e integridade física ao longo do tempo, dentro de um tempo de contribuição que vai de 15 a 25 anos.
Esses agentes citados, são os riscos físicos, químicos e biológicos. Esses São objeto de estudo no campo da saúde e segurança do trabalho, que em altas concentrações, nas formas líquidas, sólidas gasosas, ondas e vibrações, oferecem riscos á saúde. O benefício é concedido mediante a comprovação, de que o trabalhador exerceu a atividade com exposição a algum agente nocivo definido pela legislação em vigor à época do trabalho realizado. Profissionais da área da saúde, radiação, mineração, segurança, motoristas de cargas perigosas e trabalhos com eletricidade, tem direito a esse benefício. 👨🏻‍🏭👮‍♂️👩🏽‍⚕️☢️⚡
Outras categorias de Ocupações tem buscado no senado o reconhecimento nesse sentido, ai é onde entra, nossa categoria, os operadores de Empilhadeira. Precisamos entender, que só por operar uma empilhadeira, não é garantido que se irá aposentar de maneira especial, afinal, irá depender de agravantes como a periculosidade, e ambientes de trabalho insalubres.
Compreendi que essa aposentadoria tem mais peso na profissão de um Operador de Empilhadeira, quando esse está inserido e atuando em empresas, fábricas, industrias, que em seus processos de fabricação, produção, movimentação, tem concentração de agentes nocivos, um grau de insalubridade ou periculosidade, que oferecem riscos à saúde e vida do trabalhador operador. Vejamos situações aqui para tentarmos ser mais claros, afinal o assunto é um tanto complexo..
Dentro dos riscos chamados de físicos, temos como agentes o CALOR E O FRIO ❄️🔥. Existem operadores que operam suas máquinas no interior de câmaras frias, a graus abaixo de zero, mesmo com determinação para um revezamento, com uso de proteção e diminuição do tempo de exposição, há o risco, imagina trabalhando longos anos ali.
Ou na siderurgia, nas industrias com trabalho a quente, onde operadores de empilhadeira abastece grandes fornos com peças para o derretimento e preparação do material, imagina ali a temperatura do ambiente, os fumos e gases que uma vez na atmosfera, a um médio longo prazo, pode prejudicar o sistema respiratório do trabalhador. Empilhadeiras, que Nas indústrias químicas, transportam bombonas, com produtos químicos nocivos e inflamáveis, operando muitas vezes continuamente, sem parar. Operadores na cerâmica, no cimento, nas industrias alimentícia, usinagem, e que fazem abastecimento e troca nos cilindros de gás, ufa! são só exemplos para aguçar seu interesse para o assunto.
Ademais,nos casos de calor existe medições de cálculo IBUTG 🌡️ que vão de fato mensurar todo o risco, sei que existe toda parte preventiva em empresas sérias, mas a finalidade dessa aposentadoria é que havendo esses perigos, os profissionais a eles expostos sejam beneficiados com um tempo diferenciado para se aposentar, sendo 25 para risco leve, 20 para risco médio e 15 para risco alto, por isso que a aposentadoria tem esse nome, ESPECIAL, normalmente requerimentos de operadores de empilhadeira entra no tempo de 25 anos de contribuição.
Não se pode equiparar pessoas em condições periculosas ou insalubres com outras profissões em áreas que não tem o mesmo impacto.
Vamos dar um exemplo, vamos fazer de conta que..
Um operador 👷🏻‍♂️ trabalhou até aqui por 30 anos, desses trinta, 10 foram em armazém logístico, 5 foram no depósito de material de construção, outros 10 no mercado atacadista varejista e os outros 5 na movimentação em uma mineradora mas não de maneira initerrupta ou intermitente.
A mineradora claro, tem um risco maior a sua saúde, os demais segmentos para o governo aparentemente não. Com base nessas informações, e só por ser um Operador de Empilhadeira você acha que ele se aposenta de maneira especial? Eu creio que não, pois dos 30 anos trabalhados, para fins desse benefício, só os 5 da mineradora entraria e seria aceito pelo Órgão previdenciário do governo, isso se fosse claro comprovado que o trabalho era feito continuamente. Mas receberia o carimbo de benefício negado, pois o tempo de contribuição não atinge o exigido na lei. É complexo, é uma luta, tem casos que só no tribunal, não é fácil conquistar, precisamos estar alinhados nas informações, esse é o primeiro passo.
E esses 5 anos do exemplo fictício da mineradora, tem que ter a comprovação, os documentos comprobatórios são parte exigente dos processos de aposentadoria. Aí junta 5 aqui, outros dez ali até completar o tempo, mas precisa possuir o documento que comprove.
Existe um documento chamado Perfil Psicográfico Previdenciário, o PPP. Este documento é exigido na hora de requerir a aposentadoria especial, é um histórico laboral do trabalhador.
Sabe aquele histórico escolar que pegamos quando concluímos ali o ensino fundamental ou médio? Que tem ali as matérias, as notas, o período, as horas de aula, todo desempenho do aluno, pois é, o PPP é como se fosse isso, só que no trabalho, um histórico da sua função, contendo a descrição de suas atividades, os riscos e agentes envolvidos, o turno que trabalhava, a carga horária e etc.
. Esse documento, o SESMT da empresa, o RH tem que disponibilizar quando o trabalhador é desligado da empresa, devidamente preenchido e sem erro, acontece que muitos não oferecem e nós por desconhecimento não pedimos ou exigimos, eu mesmo em outras empresas não pedi.
Uma instrução normativa de 2010 por parte do I N S S estabelecer a obrigatoriedade desse documento, afinal será exigido pelo Órgão, empresas sérias claro, dispõe e entrega aos ex colaboradores.
Em suma galera, trouxemos um pouco do tema aposentadoria especial para operadores de empilhadeira. Não somos especialistas nas questões trabalhistas e previdenciárias, mas acredito que ao menos, esse post deu um norte. Não é fácil se aposentar nesse “formato”.
Já vi caso de um operador de Santa Catarina que trabalhou em uma indústria alimentícia nos anos 80, e no Tribunal, depois de muita espera, e em segunda instância conseguiu, a alegação foi o risco físico (ruído) trabalhando de forma intermitente.
Cheguei a conclusão que a aposentadoria de maneira especial para o Operador, para se ter o direito, irá depender das condições de saúde e segurança nas empresas, do tempo de exposição a possíveis agentes nocivos bem como o tempo de registro em carteira.
Nem todos operadores que existem estão nessa condição, mas tem os OPERADORES que atendem todos requisitos, e esses, tem direito.
Sou Rogério Silva, operador de Empilhadeira há 11 anos, também possuo formação técnica em segurança do trabalho, com extensão em curiosidade (risos), no bom sentido claro, o que nos motiva a pesquisar 🧐, tentar entender os assuntos que envolve a nossa profissão, peço desculpas a possíveis excessos ou até falta de informações, Deus abençoe a todos e todas, valeu.
Fonte: www.previdencia.gov.br www.previdenciarista.com www.sindogeesp.com.br

O Conselho da viuva do operador de empilhadeira.

Eu não sei vocês, mais hoje eu acordei meio assim, desmotivado sei lá, uma guerra lá no subconciente acontecia. As preocupações e medos da ...