O Brasil, por ser um país com dimensões consideradas continentais, acaba, inevitavelmente, ficando mais exposto aos riscos provocados pelo aquecimento global. Além disso, uma considerável parte de seu território encontra-se próxima à Linha do Equador, zona da Terra que recebe os raios solares de forma mais intensa. Nesse sentido, quando a Terra sofre com o aumento das temperaturas, é imperativo que a zona equatorial sinta mais os efeitos dessa mudança.
Além disso, o fato de o território brasileiro apresentar uma extensa faixa litorânea, também merece atenção. É sabido que o aquecimento global proporcionará a intensificação do processo de degelo na Antártida, o que fará com que o nível da água do mar aumente consideravelmente. Assim, algumas localidades – como o litoral carioca, terão seus aspectos físicos profundamente alterados, com a ocorrência de inundações. Tal ocorrência é prevista pelos especialistas para o ano de 2100.
O litoral do Rio de Janeiro corre sérios riscos de ficar embaixo d’água, segundo especialistas
Outro fator preocupante é a incidência de furacões, sobretudo nas regiões Sul e Sudeste do País. Sabe-se que o Hemisfério Sul é caracterizado pela baixa ocorrência desse fenômeno. Entretanto, no ano de 2004, registrou-se o aparecimento do primeiro furacão da história do Brasil, chamado de “Catarina”, responsável por grandes estragos na Região Sul. Além disso, independente da ocorrência de furacões e ciclones, as regiões Sul e Sudeste sofreriam muito com a intensificação das chuvas e temporais, em virtude de um aumento de cerca de 2ºC ou 3ºC nessas regiões, aumentando os casos de inundações.
No Nordeste do Brasil, o aumento das temperaturas poderá oscilar, nas próximas décadas, entre 2º e 4ºC. Isso acarretaria no aumento da seca nessa região, que hoje já causa grandes problemas para a população.
De acordo com o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o principal e mais alarmante efeito possível do aquecimento global no Brasil é a redução da Floresta Amazônica, que poderá perder entre 30% e 50% de seu território durante o século XXI. Tal fenômeno também ocorreria em virtude do aumento das temperaturas, algo em torno de 3ºC a 5,5ºC. Esse aquecimento diminuiria a umidade do ar na floresta que é responsável por impedir a ação do fogo sobre ela. Assim, muitas espécies que habitam essa região fatalmente entrariam em extinção.
Pelo menos um terço da Floresta Amazônia estaria ameaçada com o aquecimento global, alerta o INPE
Isso se tornaria uma bola de neve, pois a ausência de parte da Floresta Amazônia seria responsável pela diminuição da umidade do ar em todo o país – assim como em todo mundo, o que provocaria a intensificação de todos os problemas naturais listados acima.
É importante considerar, entretanto, que está se falando de previsões, ou seja, não há nenhum tipo de certeza plena quanto a elas. Entretanto, a probabilidade de sua ocorrência vem aumentando com o passar do tempo. Vale lembrar também que a natureza não considera os limites políticos dos Estados-Nações. Assim, os fenômenos apresentados podem não ser exclusivos do território brasileiro
texto de Rodolfo Alves pena, Graduado em geografia, transportado por ; Rogério Silva, técnico em logística, técnico em segurança do trabalho.
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