O Protocolo de Kyoto é fruto da
preocupação com o aquecimento global.
Esse Protocolo tem como objetivo
firmar acordos e discussões internacionais para conjuntamente estabelecer metas
de redução na emissão de gases-poluentes
na atmosfera, principalmente por parte dos países industrializados, além de
criar formas de desenvolvimento de maneira menos impactante àqueles países em
pleno desenvolvimento.
Diante da efetivação do Protocolo
de Kyoto, metas de redução de gases foram implantadas. O Protocolo de Kyoto foi
implantado de forma efetiva em 1997, na cidade japonesa de Kyoto, nome que deu
origem ao protocolo. Na reunião, oitenta e quatro países se dispuseram a aderir
ao protocolo e o assinaram, dessa forma, comprometeram-se a implantar medidas
com intuito de diminuir a emissão de gases.
As metas de redução de gases não
são homogêneas a todos os países, colocando níveis diferenciados de redução
para os 38 países que mais emitem gases poluentes. O protocolo prevê ainda a
diminuição da emissão de gases dos países que compõe a União Europeia em 8%, já
os Estados Unidos em 7% e Japão em 6%. Países em franco desenvolvimento como
Brasil, México, Argentina, Índia e, principalmente, China, não receberam metas
de redução, pelo menos momentaneamente.
O Protocolo de Kyoto não apenas
discute e implanta medidas de redução de gases, mas também incentiva e
estabelece medidas com intuito de substituir produtos oriundos do petróleo por
outros que provocam menos impacto. Diante das metas estabelecidas, o maior
emissor de gases do mundo, Estados Unidos, desligou-se em 2001 do protocolo,
alegando que a redução iria comprometer
o desenvolvimento econômico do país.
As etapas do Protocolo de Kyoto
Em 1988, ocorreu na cidade
canadense de Toronto a primeira reunião com líderes de países e classe
científica para discutir sobre as mudanças climáticas.
Em 1990, surgiu o IPCC (Painel Intergovernamental sobre
Mudança Climática), primeiro mecanismo de caráter científico, tendo como
intenção alertar o mundo sobre o aquecimento do planeta, além disso, ficou
constatado que alterações climáticas são principalmente provocadas por CO2 (dióxido de carbono) emitidos pela queima
de combustíveis fósseis.
Em 1992, as discussões foram
realizadas na Eco-92, que contou com a participação de mais de 160 líderes de
Estado que assinaram a Convenção Marco Sobre Mudanças Climáticas.
Na reunião, metas para que os
países industrializados permanecessem no ano de 2000 com os mesmos índices de
emissão do ano de 1990 foram estabelecidas. Nesse contexto, as discussões
levaram à conclusão de que todos os países, independentemente de seu tamanho,
devem ter sua responsabilidade de conservação e preservação das condições
climáticas.
Em 1995, foi divulgado o segundo
informe do IPCC declarando que as mudanças climáticas já davam sinais claros,
isso proveniente das ações antrópicas sobre o clima. As declarações atingiram diretamente
os grupos de atividades petrolíferas, que rebateram a classe científica
alegando que eles estavam precipitados e que não havia motivo para maiores
preocupações nessa questão.
No ano de 1997, foi assinado o
Protocolo de Kyoto, essa convenção serviu para firmar o compromisso, por parte
dos países do norte (desenvolvidos), em reduzir a emissão de gases. No entanto,
não são concretos os meios pelos quais serão colocadas em prática as medidas de
redução e se realmente todos envolvidos irão aderir.
Em 2004 ocorreu uma reunião na
Argentina que fez aumentar a pressão para que se estabelecessem metas de
redução na emissão de gases por parte dos países em desenvolvimento até 2012.
O ano que marcou o início efetivo
do Protocolo de Kyoto foi 2005, vigorando a partir do mês de fevereiro. Com a
entrada em vigor do Protocolo de Kyoto, cresceu a possibilidade do carbono se
tornar moeda de troca. O mercado de créditos de carbono pode aumentar muito,
pois países que assinaram o Protocolo podem comprar e vender créditos de
carbono.
A poluição atmosférica (ou do ar)
pode ser definida como a introdução na atmosfera de espécies químicas que venham a alterar as propriedades dessa atmosfera,
afetando, ou podendo afetar, por isso, a "saúde" das espécies animais
ou vegetais que dependem ou tenham contato com essa atmosfera, ou mesmo que
venham a provocar modificações físico-químicas nas espécies minerais que tenham
contato com ela. A relação entre efeitos à saúde e poluição atmosférica foi
estabelecida a partir de episódios agudos de contaminação do ar e estudos sobre
a ocorrência do excesso de milhares de mortes registradas em Londres, em 1948 e
1952.
As fontes de poluição atmosférica são inúmeras
e inúmeras são também as formas de impedir ou de reduzir a poluição. A legislação
ambiental é rica em detalhes que começam por dois grandes ramos: o controle das
emissões e da qualidade do ar, ambos regulamentados a nível Europeu e Nacional
e o primeiro a nível mundial, através da assinatura e retificação por parte da
maior parte dos países do Protocolo de Kyoto.
A nível mundial, a preocupação
relativa à poluição atmosférica intensificou-se no início da década de 70, período
de forte crescimento econômico e industrial. Problemas de grave poluição do ar
nas áreas de grandes cidades.
Em Portugal, a primeira
legislação mais efetiva de controlo da poluição atmosférica remonta a 1999 com
Decreto Lei nº 276/99 que visou estabelecer padrões nacionais de qualidade do
ar para material particulado, dióxido de enxofre, monóxido de carbono e
oxidantes fotoquímicos.
Foi por outro lado criado o Programa Nacional de Controle de Qualidade
do Ar (PRONAR) com o intuito de promover a orientação e controle da
poluição atmosférica no país, envolvendo estratégias de cunho normativo, como o
estabelecimento de padrões nacionais de qualidade do ar.
A poluição do ar é um fenômeno recorrente
principalmente da atividade humana em vários aspectos, crescimento
populacional, industrial e econômico. A decisão do ser humano de viver cada vez
mais nos centros urbanos aumenta a quantidade de resíduos lançados, aumentando
os níveis de poluição. Tais fatos, associados à não solução concomitante dos
problemas do atendimento dessas necessidades naturais ou criadas, levou-nos aos
grandes desafios que enfrentamos atualmente.
A atmosfera é a denominação dada
à camada de gases que envolvem a Terra que se estende até a altitude de 9600
quilômetros e que é constituída principalmente de nitrogênio e oxigênio. O
maior interesse do aspecto poluição do ar estava relacionado com a troposfera, camada
que vai do solo até a altitude de cerca de 12 Km. Mais recentemente, passou a
ter ação de emissão antropogênicas sobre a estratosfera (12 a 50 Km de altura),
a camada de ozônio contida nessa área que serve de filtro de raios ultravioletas
protegendo a Terra dos níveis indesejáveis dessas radiações. A temperatura na
troposfera, na sua condição normal, decresce com a atitude, fato esse importante
para a diluição das substâncias lançadas no ar, uma vez que essa condição favorece
a ascensão da poluição.
Rogério Silva, Técnico em logística e seguranaça do Trabalho Fonte: Greenpeace
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